segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Escolher um par de óculos exige tempo e disposição para experimentar vários modelos até chegar 
ao ideal. Muita gente não tem paciência para escolher a armação adequada, detesta usar o acessório 
e recorre a lentes de contato ou usa os óculos em situações imprescindíveis, como ler ou ir ao cinema.
 Mas óculos que harmonizam com o rosto e o estilo de quem os usam podem até mesmo dar um up 
no visual.
Segundo o designer e esteta ótico Francisco Ventura, 90% das pessoas compram óculos de grau de 
tamanho errado. O ideal é experimentar vários modelos, em vez de comprar porque parecia bonito em 
uma amiga ou na vitrine. “Não se deve comprar óculos com pressa. É preciso entender o que se está
 comprando.” Para não errar, há cinco pontos fundamentais que devem ser considerados na hora da 
compra. Em primeiro lugar, a pupila deve estar centralizada no desenho da armação, como se fosse 
um alvo. O apoio no nariz deve ficar confortável e encaixar bem, sem marcar a pele, o que ocorre 
quando o tamanho não está certo. “Há dois tipos de apoio, os de metal, com as plaquetinhas, e os 
de acetato. Quanto maior a área de apoio no nariz, melhor, pois divide o peso”, explica Ventura. 
O terceiro fator é que a armação deve sobrepor a parte inferior aos olhos, de forma a disfarçar as 
olheiras. O quarto ponto, muito importante, é que as sobrancelhas devem acompanhar o formato da 
armação. Os óculos não devem ultrapassá-las, ou seja, as sobrancelhas não podem ficar dentro da 
lente. “Delinear é o ideal. Se a sobrancelha é arredondada, a armação também deve ser. Não deve 
haver espaço entre a sobrancelha e os óculos”, indica o esteta ótico. 
As hastes devem apenas se apoiar nas têmporas, sem pressioná-las, o que significa que os óculos 
não devem ser apertados. Em alguns casos, vincos se formam por conta disso. Elas também devem 
ficar bem ajustadas atrás da orelha, de forma que os óculos não fiquem nem frouxos nem apertados.
 Uma dica é passar sempre na ótica para manter as hastes sempre alinhadas, de maneira que os
 óculos não fiquem tortos.
Formatos de rostos 
O formato do rosto também deve ser considerado na hora de se comprar óculos. São quatro os tipos

 principais: redondo, quadrado, triangular e oval. Quem tem a face quadrada deve apostar em óculos 
arredondados e ovalados, os menos angulares possíveis. Já quem tem rosto redondo fica bem com
 armações retangulares e quadradas. O rosto oval é o mais fácil de combinar: valem tanto os formatos 
arredondados quanto os retangulares. No caso dos rostos triangulares, com pouco queixo, os modelos 
mais adequados são os tipo aviador e mais ovalados embaixo, para preencher o espaço.

Quem tem rosto pequeno pode usar óculos maiores, segundo Giannini. Já quem tem a face grande deve optar por modelos menores, de tamanho compatível. Ou seja, o resultado final deve ser equilibrado. No entanto, Ventura alerta que não se pode

 ficar preso apenas a essas regras estéticas, já que os óculos se tornaram acessórios de moda. 
Para ele, não podem faltar dois modelos: o de três peças, aquele que tem apenas as lentes, as hastes 
e a parte do nariz; e o preto. “O primeiro é neutro e o segundo, marcante, eterno.” 
Para disfarçar as lentes que corrigem hipermetropia, que deixam os olhos maiores, uma dica de 
Giannini é usar armações que chamam a atenção – em vez de deixá-la para as lentes – e evitar as 
quadradas. Para casos de miopia, em que os olhos ficam menores, ele indica óculos ovalados e 
arredondados. 

Cores 
Algumas cores casam melhor com diferentes tons de pele. Para negros, Ventura recomenda âmbar, 

tartaruga, preto e branco. Quem tem pele clara pode apostar em contrastes e também no tartaruga 
– principalmente as loiras. Quem tem cabelos pretos fica bem com armações vermelhas ou vinho. 
Já quem tem as madeixas avermelhadas pode usar um tom degradê nos óculos em relação ao dos
 cabelos: nunca o mesmo. O esteta ótico Miguel Giannini indica cores claras para os introvertidos. 
Para os extrovertidos, modelos coloridos.
Quem usa franja não deve deixar que ela encoste nos óculos. Cabelos muito volumosos não combinam 
com modelos com detalhes coloridos e apliques nas hastes – nesses casos, é melhor usar uma peça 
mais neutra. “Se for liso, com pouco volume, ou curto, vale apostar em detalhes. Sem excesso, são 
elegantes e enfeitam”, diz Ventura.  Para os homens, óculos de acetato ficam bem para os carecas.
 Já quem tem barba e bigode deve optar por modelos sem muita informação, como os de três peças.
Óculos de sol
Escolher um par de óculos de sol é bem mais simples. As últimas coleções trazem modelos que, 

na maioria, deixam as sobrancelhas escondidas. “Eles devem, de preferência, cobrir a sobrancelha, 
para o sol não bater por cima”, observa Miguel Giannini. Na hora da compra, Ventura recomenda 
fazer um teste simples: sorria; se a armação se mexer, não a leve para casa. Vale considerar também
o conforto e o encaixe no nariz, bem como o apoio das hastes, da mesma forma que no caso dos
 óculos de grau. 
Quando os óculos têm metal, as mulheres devem considerar também se a cor combina com a dos 

outros acessórios, como brincos. “A combinação é importante. É preciso bom senso para não misturar.
” As lentes espelhadas, que estarão em alta no verão, devem ser usadas apenas em situações
 informais, segundo Ventura. Outro fator importante, segundo Giannini, é evitar óculos de camelô,
 pois não há como saber se eles têm proteção ultravioleta.

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